Tudo o que pintar para ajudar nossa vida a ser mais saudável e nosso planeta mais viável.

Intoxicação em tempo integral. Essa é a nossa dieta.

Mais uma pesquisa e mais um resultado alarmante. Produtos industrializados mostram-se cada vez mais nocivos ou tão maquiados para parecerem saudáveis que somos enganados o tempo todo. No entanto, mesmo os naturais e diretos da fonte, ou melhor da plantação/horta/pomar, estão tão contaminados, seja pela água, seja pelos agrotóxicos que não ficamos seguros nem comendo do pé do nosso quintal. Vamos continuar atrás das informações para não nos deixarmos enganar. Só a consciência e o conhecimento podem fazer com que se mude alguma coisa. Tranquilo mesmo, só quem não está muito preocupado com nada disso, por ignorância ou por falta de interesse. Pode-se pensar que a ignorância seja uma benção, mas só se for no presente. Os frutos dessa falsa benção aparecerão lá na frente.

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16/02/2012 - 13h45

Estudo encontra arsênico em fórmulas infantis e barras de cereais orgânicas vendidas nos EUA.

Do UOL - Em São Paulo

Os pesquisadores detectaram níveis de arsênico em fórmulas infantis que têm como ingrediente o xarope de arroz integral orgânico.Americanos que imaginam seguir uma dieta mais saudável pelo fato de consumir produtos orgânicos devem se preocupar: estudo publicado no periódico Environmental Health Perspectives mostrou que barras de cereais e fórmulas infantis que levam o rótulo de orgânicos contêm arsênico, substância que pode aumentar o risco de câncer.
O estudo apontou a presença do composto no xarope de arroz integral orgânico, ingrediente que em geral é usado como alternativa mais saudável ao xarope de milho.
Foram analisadas 17 fórmulas infantis, 29 barras de cereais e três energéticos para atletas comprados em lojas de orgânicos de New Hampshire. As marcas não foram divulgadas no estudo, por isso não há como saber se alguns desses produtos são vendidos em lojas brasileiras.
Os resultados indicam que algumas barras de cereais têm concentrações 12 vezes maiores que o limite permitido pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente do país para a água, de 10 partes por bilhão (ppb).
A exposição crônica ao arsênico é associada a risco de câncer de bexiga, pulmão e pele, além de diabetes e doenças cardiovasculares, segundo a agência.
O pesquisador Brian Jackson, do Darmouth College, em Hanover, afirmou que não está claro se a quantidade de arsênico presente nos derivados do arroz pode ser prejudicial à saúde, mas a presença do composto em alimentos infantis preocupa. Ele recomenda que pais evitem comprar produtos com o ingrediente.
Duas das fórmulas infantis que possuem o xarope de arroz integral como base apresentavam níveis de 20 a 30 vezes maiores que o de outras marcas.
Vinte e duas das barras de cereais continham pelo menos um derivado de arroz, e níveis de arsênico que variavam de 23 a 128 ppb. Os produtos que não possuem arroz na formulação apresentaram níveis bem menores, de 8 a 27 ppb.
Em relação aos energéticos para atletas, todos continham xarope de arroz integral na fórmula e apresentavam de 84 a 171 ppb de arsênico. Se uma pessoa consumir quatro desses produtos vai ingerir 10 microgramas de arsênico, quantidade equivalente a um litro de água com as concentrações máximas permitidas do composto.
Arroz
O arsênico ocorre naturalmente no meio ambiente e também pode ser resultado da atividade humana, já que alguns pesticidas contêm a substância. A planta do arroz absorve arsênico com muita facilidade, não só por sua fisiologia, mas também porque áreas cheias de água, onde ocorrem as plantações, são mais propensas a apresentar o composto.
Outra pesquisa recente, feita por Andrew Meharg, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, mostrou que o arroz produzido nos EUA (especialmente no sul) tem um dos níveis mais altos de arsênico do mundo, e alertou que fórmulas infantis vendidas no país são feitas com esse alimento.
É considerado comum que o arroz contenha 100 ppb de arsênico, mas foram encontrados níveis acima de 2.000 ppb em amostras adquiridas nos EUA e no Japão.
A quantidade de arroz consumida capaz de afetar a saúde é desconhecida. Mas estima-se que ingerir 10 gramas de arsênico ao longo da vida aumente o risco de doenças como câncer. Para alcançar essa quantidade, seria preciso comer uma tonelada de arroz.
O FDA (Food and Drug Administration), órgão que regulamenta alimentos e drogas nos EUA, afirma que limita a quantidade de arsênico na água e considera o assunto uma questão de saúde pública. Ainda que os níveis encontrados no arroz sejam maiores que os achados na água, é muito difícil que alguém consuma o alimento na mesma proporção que bebe água.

Somos cobaias de qualquer forma.

Sempre se dará um jeito de que produtos que fazem mal cheguem ao consumidor embalados em rótulos bonitos e promessas milagrosas. Mas não importa se em maior ou menor grau, o fato é que seremos sempre cobaia de produtos químicos, aditivos, conservantes e tóxicos em geral. Em outro post eu já tinha comentado sobre toxinas nos cosméticos e inclusive nos infantis, mas não nos basta ler rótulos que na maioria das vezes não compreendemos, até porque não estará escrito a real composição do produto. Ou você acha que algum dia estará um aviso de que "contém x substâncias tóxicas que podem fazer mal a saúde" como hoje acontece nos cigarros? 

Às vezes, informações como a que segue abaixo chegam até nós, mas e as que não chegam, ou, e até chegarem, quanto não estamos nos intoxicando sem saber.

O melhor para a saúde é evitar ao máximo o que não é natural, pois para a indústria o que interessa é o lucro sempre. Para se opor a essa lei do consumo devemos partir do princípio de que o artificial é prejudicial até prova em contrário e não o oposto. Não podemos esperar e pagar pra ver com nossa saúde. Recuse-se a ser cobaia.


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Estudo detecta chumbo em 400 batons vendidos nos EUA

Do UOL
Em São Paulo

Pesquisa recente feita pelo governo americano com os 400 batons mais vendidos no país detectou níveis elevados de chumbo na composição dos cosméticos. Segundo o Washington Post, a discussão sobre a quantidade de substâncias químicas nas maquiagens não é novidade, mas a escala do material encontrado foi superiro a outros estudos já realizados.
Cinco batons da L'Oréal e da Maybelline, marcas da L'Oréal americana, estavam entre os 10 mais contaminados, segundo o teste da agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos (FDA). Além disso, dois produtos da Cover Girl, dois da Nards e um da Stargazer também figuraram na listagem.
O resultado da análise dos componentes presentes nos cosméticos acirra a discussão entre os integrantes da Campanha por Cosméticos Seguros e o governo americano. Há anos o grupo pressiona o governo para que haja regulação no nível de chumbo nos batons.
O FDA defende que os níveis do componente encontrados nos batons não representa risco à segurança dos consumidores, ainda que o mais recente teste tenha apresentando quantidades superiores ao primeiro.
Os integrantes da Campanha, por sua vez, afirma que a vigilância sanitária do país não tem estudos científicos que comprovem que de fato o uso do batom não cause nenhum prejuízo à saúde das mulheres, especialmente as grávidas e as crianças.
Os primeiros relatos de chumbo em batons tiveram início nos anos de 1990 e, em 2007, o grupo Campanha por Cosméticos Seguros testou 33 batons vermelhos para provar que eles excediam o limite aceitado pelo FDA de chumbo em doces. O órgão apontou a comparação como inválida, pois os batons não são feitos para ingerir, como os doces, e em 2008 fez os primeiros testes próprios em 20 cosméticos.
A cientista do Conselho dos Produtos de Cuidado Pessoal, Halyna Breslawec, em entrevista ao Washington Post, declarou que o chumbo não é acrescentado pelas empresas. Segundo ela, eles estão presentes nos corantes feitos a partir de minerais que são aprovados pela vigilância sanitária.

Quanto menos toxinas no nosso corpo melhor.

TEXTO ELABORADO PELA "CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA"  RESPONDENDO A MATERIA DA REVISTA VEJA "A VERDADE SOBRE OS AGROTÓXICOS"

QUEREMOS COMPARTILHAR COM VOCÊ. É IMPORTANTE!

“CINCO ESCLARECIMENTOS SOBRE AGROTÓXICOS, ALIMENTOS ORGÂNICOS E AGROECOLÓGICOS.

27 de janeiro 2012.

   Na primeira semana de 2012, veículos da mídia de grande circulação divulgaram informações parciais e incorretas sobre o uso de pesticidas nos alimentos.

   Nós, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, contestamos essas informações e, com base no conhecimento de diversos cientistas, agrônomos, produtores e distribuidores de alimentos orgânicos, aproveitamos essa oportunidade para dialogar com a sociedade e apresentar nossos argumentos a favor dos alimentos sem venenos.

1 - O nome correto é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.
   Como afirma a engenheira agrônoma Flavia Londres: “A própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos.”
   E o engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral complementa: “Mundialmente o termo utilizado é ‘pesticida’. Não conheço outro país que adote o termo ‘defensivo agrícola”.

2 - O nível de resíduos químicos contido nos alimentos comercializados no Brasil é muito preocupante e requer providências imediatas devido aos sérios impactos que gera na saúde da população.
   Voltamos a palavra à engenheira agrônoma Flavia Londres: “A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa. Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo. Os limites ‘aceitáveis’ no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usam produtos já proibidos em quase todo o mundo”.
   O engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral nos traz outra informação igualmente importante: “A matéria induz o leitor a acreditar que não há uso indiscriminado de agrotóxicos no país, quando a realidade é de um grande descontrole na aplicação desses produtos, fato indicado pelo censo do IBGE de 2006 e normalmente constatado a campo por técnicos da extensão rural e por fiscais responsáveis pelo controle do comércio de agrotóxicos”.

3 - Agrotóxicos fazem muito mal à saúde e há estudos científicos importantes que demonstram esse fato.
   Com a palavra a Profª Dra. Raquel Rigotto, da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará: “No Brasil, há mais de mil produtos comerciais de agrotóxicos diferentes, que são elaborados a partir de 450 ingredientes ativos, aproximadamente. Os agrotóxicos têm dois grandes grupos de impactos sobre a saúde. O primeiro é o das intoxicações agudas, aquelas que acontecem logo após a exposição ao agrotóxico, de período curto, mas de concentração elevada. O segundo grande grupo de impactos dos agrotóxicos sobre a saúde é o dos chamados efeitos crônicos, que são muito ampliados. Temos o que se chama de interferentes endócrinos, que é o fato de alguns agrotóxicos conseguirem se comportar como se fossem o hormônio feminino ou masculino dentro do nosso corpo; enganam os receptores das células para que aceitem uma mensagem deles. Com isso, se desencadeia uma série de alterações – inclusive má formação congênita; e hoje está provado que pode ter a ver com esses interferentes endócrinos. Pode ter a ver com os cânceres de tireóide, pois implica no metabolismo. E cada vez temos visto mais câncer de tireóide em jovens. Pode ter a ver com câncer de mama. E também leucemias, nos linfomas. Tem alguns agrotóxicos que já são comprovadamente carcinogênicos.Também existem problemas hepáticos relacionados aos agrotóxicos. A maioria deles é metabolizada no fígado, que é como o laboratório químico do nosso corpo. E há também um grupo importante de alterações neurocomportamentais relacionadas aos agrotóxicos, que vão desde a hiperatividade em crianças até o suicídio.”
     De acordo com o relatório final aprovado na subcomissão da Câmara dos Deputados que analisa o impacto dos agrotóxicos no país (criada no âmbito da Comissão de Seguridade Social e Saúde), há realmente uma “forte correlação” entre o aumento da incidência de câncer e o uso desses produtos. O trabalho aponta situações reais observadas em cidades brasileiras. Em Unaí (MG), por exemplo, cidade com alta concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes, quando a incidência média mundial encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período.
Como afirma o relator, deputado Padre João (PT-MG), “Diversos estudos científicos indicam estreita associação entre a exposição a agrotóxicos e o surgimento de diferentes tipos de tumores malignos. Eu concluo o relatório não tendo dúvida nenhuma do nexo causal do agrotóxico com uma série de doenças, inclusive o câncer”, sustenta. Fonte: Globo Rural On-line, 30/11/2011.

4 - Não é possível eliminar os agrotóxicos lavando ou descascando os alimentos já que eles se infiltram no interior da planta e na polpa dos alimentos.
   A única maneira de ficar livre dos agrotóxicos é consumir alimentos orgânicos e agroecológicos. Não adianta lavar os alimentos contaminados com agrotóxicos com água e sabão ou mergulhá-los em solução de água sanitária ou, mesmo, cozinhá-los. Os resíduos do veneno continuarão presentes e serão ingeridos durante as refeições.
Além disso é importante lembrar que o uso exagerado de agrotóxicos também faz com que estes resíduos estejam presentes nos alimentos já industrializados, portanto, a melhor forma de não consumir alimentos contaminados com agrotóxicos, é eliminar a sua utilização

5 - Os orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a salmonela e a Escherichia coli.
   Segundo a engenheira agrônoma Flávia Londres: “Ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos– que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento”.

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org) bem como todos os materiais disponíveis na página.
Participe você também nos diferentes comitês da campanha organizados nos diversos estados do Brasil, para maiores contatos envie e-mail para contraosagrotoxicos@gmail.com 

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Secretaria Operativa Nacional
fone: (11) 3392 2660 / (11) 7181-9737
site: www.contraosagrotoxicos.org